Como dormir melhor? Ortopedistas indicam colchão, travesseiro e pillow top

Segundo o médico do Hospital Albert Einsten, escolher o material do travesseiro é o primeiro o para garantir qualidade e durabilidade. Ele explica que o mais indicado é a espuma viscoelástica, que distribui a pressão de maneira uniforme e mantém a forma por dois a três anos. 

“O ponto negativo é que é um material que pode reter calor, então prefira versões perfuradas ou com gel. Estes vão garantir maior ventilação durante o sono”, ressalta Guilherme. 

Porém, se você quer gastar um pouco menos, mas ainda garantir uma boa noite de sono, o ortopedista indica outros materiais com melhor custo-benefício: látex natural e pluma. Ele explica que estes garantem bom conforto para a coluna, mas não oferecem tanta resistência.

Por fim, Guilherme faz uma ressalva para pessoas que estão sofrendo com dores agudas no pescoço e na coluna. “Na fase dolorosa, modelos anatômicos com dois contornos (alto e baixo) costumam aliviar a musculatura. Outra alternativa é o travesseiro ajustável, no qual se acrescentam ou retiram camadas até achar a altura ideal”, complementa.

O especialista explica que na comparação entre colchões macios ou firmes, os modelos mais rígidos tendem a ser melhores para a coluna. Para isso, ele explica que há duas opções que se destacam no mercado: colchões de molas e de espuma.

No caso dos colchões de mola — especialmente os com molas ensacadas —, eles são capazes de distribuir o peso de forma mais uniforme porque contam com uma camada superior chamada pillow top. Essa camada, de acordo com o ortopedista, é que que oferecer a maciez necessária.

Araújo, no entanto, reforça que é importante observar esse aspecto com atenção. “O indicado é escolher um pillow top que não seja tão mole para você não afundar as partes mais pesadas do corpo — como o quadril — e, a partir daí, sobrecarregar mais a sua lombar”, orienta.

O biotipo do usuário é outro fator importante, especialmente nos colchões de espuma. “Normalmente o D33 pode receber entre 70 e 100 quilos, enquanto o D40 e o D45 são para pessoas acima de 100 quilos”, explica o ortopedista.

Para escolher o colchão de espuma correto, vale conferir a tabela de biotipo do Instituto Nacional de Estudos do Repouso (Iner), que especifica corretamente qual a espuma mais adequada para cada caso.

O ortopedista dá algumas dicas para facilitar na hora da compra. Segundo ele, é importante prestar atenção em quanto tempo demora para o pillow top retornar à forma original após você se levantar. “Se ele demora muito ou parece ficar “marcado” facilmente, há indícios de ser de qualidade inferior e consequentemente, perderá sua função mais rápido”, explica.

Além disso, ele dá um toque sobre a capacidade do colchão: “Um pillow top muito espesso sobre uma base de colchão fraca ou de baixa qualidade é um sinal de alerta. O ideal é que o pillow top complemente a base do colchão, caso contrário, será prejudicial para sua coluna”, aponta Guilherme Porceban, do Hospital Albert Einstein

Porceban afirma que o pillow top se molda às curvas naturais do corpo, como ombros, quadris e cintura. Assim, ao “abraçar” essas curvas, ele pode ajudar a preencher os espaços vazios entre o corpo e o colchão, permitindo que a coluna fique mais alinhada, especialmente para quem dorme de lado. “Se você dorme de lado em um colchão muito firme sem pillow top, seu ombro e quadril podem ficar “empurrados” para cima, desalinhando a coluna”, explica.