Historicamente, a figura do ovo – de galinha, não coelho – é símbolo de fertilidade. Assim, decorá-los tornou-se rito comum a culturas pagãs, principalmente europeias, para celebrar a primavera. A data foi escolhida, pois representa o momento em que a natureza renasce após o inverno.
Mas quando a Páscoa cristã ou a ser celebrada e difundida, o costume foi integrado à Semana Santa. Os cristãos, então, ressignificaram o ovo como o símbolo da própria ressurreição de Cristo.
O coelho, por sua vez, também virou tradição por conta da narrativa cristã. Como é de conhecimento geral, o pequeno mamífero – diferentemente do ornitorrinco – não bota ovos. Logo, sua figura não está ligada diretamente ao ovo, e sim à castidade e à fé.
Isto é, além de representar a trindade, pela crença de ser uma criatura capaz de se reproduzir sem perder a virgindade, o animal faz as vezes de mensageiro. Segundo os livros, o coelho teria sido o primeiro a presenciar a ressurreição de Jesus. Logo, tornaria-se encarregado por anunciar o milagre. Ou, em ordem simbólica, por distribuir os ovos.
Ok, mas e o chocolate? Pedimos desculpas pela possível decepção. A escolha do doce trata-se de apenas de um case de marketing bem-sucedido.
Assim como parte significativa das revoluções recentes da humanidade, tudo ocorreu na França. Dessa vez, em pleno século 18, quando confeiteiros decidiram fazer ovos de chocolate e decorar o seu interior com bombons. Bem, a moda pegou e se consolidou – justamente – durante o período da Páscoa. O resto é brinde.