Cinema em casa: saiba se está na hora de comprar um home theater

De acordo com Fahl, um home theater é indicado quando os alto-falantes da TV não são muito bons ou para quem está em busca de uma experiência mais envolvente.

“As caixas de som das TVs modernas melhoraram nos últimos anos, mas não conseguem competir com a riqueza de detalhes e a imersão que um home theater proporciona”, explica.

Além da qualidade do som, um dos principais benefícios do home theater é a capacidade de recriar um ambiente de cinema em casa. “Os graves potentes, o áudio surround e os efeitos tridimensionais fazem com que o espectador se sinta dentro da cena”, destaca.

Fahl ressalta que uma soundbar pode ser uma alternativa interessante para quem deseja melhorar o som da TV sem um sistema completo, mas o home theater é mais indicado para quem busca a máxima qualidade sonora.

“Para quem quer um nível ainda maior de realismo e envolvimento com o som, um sistema de home theater com caixas independentes é a melhor escolha.”

Antes de comprar um sistema de home theater, é importante analisar alguns fatores essenciais. Segundo Fahl, “garantia, e e peças vêm antes de qualquer outro recurso ou qualidade”. Além disso, ele destaca alguns pontos fundamentais

Um dos primeiros pontos a considerar é o número de canais do sistema. Sistemas de home theater podem variar de 2.1 canais, que oferecem som estéreo com um subwoofer, até configurações mais avançadas, como 7.1 canais ou mais, que incluem áudio surround com múltiplas caixas espalhadas pelo ambiente. De acordo com Fahl, quanto mais canais, maior será a imersão sonora, proporcionando uma experiência auditiva mais envolvente.

A potência sonora também é um fator essencial. Embora a potência em watts seja um indicativo do consumo de energia do equipamento, o mais importante é o nível de sensibilidade, medido em dBSPL. Esse valor reflete a capacidade do sistema de gerar som audível com clareza e volume adequados, o que influencia diretamente a qualidade do áudio.

Outra característica que faz a diferença na qualidade sonora é a tecnologia de som. Modelos com Dolby Atmos e DTS:X, por exemplo, criam um efeito tridimensional, simulando som vindo de diferentes direções. Esses recursos são ideais para quem busca uma experiência de áudio mais imersiva, como se estivesse em um cinema.

Os sistemas de home theater são classificados de acordo com a quantidade de caixas de som e subwoofers que possuem. O número antes do ponto representa a quantidade de alto-falantes (ou caixas de som) que emitem áudio, já o número depois do ponto: representa o número de subwoofers, que são responsáveis pelos sons graves (os “tons baixos”). Veja o que cada número representa:

• 2.1 canais: duas caixas principais e um subwoofer para reforço dos graves.
• 5.1 canais: cinco caixas (duas frontais, uma central, duas traseiras) e um subwoofer para criar som surround.
• 7.1 canais: configuração avançada com mais caixas traseiras para ampliar a espacialidade do áudio.
• 9.1 ou superior: incluem caixas adicionais para som superior (overhead), ideal para Dolby Atmos.

Fahl destaca que “o número de canais tem relação com a capacidade de imersão do áudio com o vídeo. Quanto mais fontes sonoras, maior a sensação de realismo.”

Porém o espaço disponível em sua casa deve ser levado em consideração. Sistemas com 5.1 ou 7.1 canais, que incluem várias caixas de som espalhadas pelo cômodo, podem exigir mais espaço. 

Na hora da compra, a conectividade do home theater é um ponto fundamental para garantir a melhor experiência de uso. Entre as opções mais comuns, destacam-se:

• HDMI ARC e eARC: permitem que o áudio da TV seja transmitido para o home theater com qualidade máxima. “Se você quer maior número de canais de áudio para imersão e integração entre os equipamentos, o HDMI ARC é ideal”, recomenda Fahl.
• Bluetooth e Wi-Fi: facilitam a reprodução de músicas diretamente do smartphone ou serviços de streaming. “Se a intenção for tocar música rapidamente de um celular ou notebook, o Bluetooth é mais prático.”
• Entrada óptica e RCA: alternativas para conectar TVs mais antigas sem HDMI. “Se for preciso maior alcance ou distância no cabo da TV para o home theater, a conexão óptica pode ser melhor.”

Nem todas as TVs são compatíveis com qualquer home theater. “Cada marca e modelo pode ter tecnologias e conexões diferentes. Sempre consulte o manual para garantir a melhor integração”, alerta o especialista.

Para garantir o máximo desempenho do seu home theater, o posicionamento correto das caixas de som é essencial:

• Posicione as caixas frontais próximas à TV e levemente inclinadas para a área de audição.
• O subwoofer deve ficar no chão, próximo à TV, para reforçar os graves. “O sub é bem importante para ter peso, ou seja, reforço nas baixas frequências que criam efeitos como explosões e terremotos”, explica Fahl.
• As caixas traseiras devem estar atrás do sofá para criar o efeito surround.
• Evite posicionar caixas diretamente encostadas na parede, pois isso pode afetar a acústica.

Além disso, cuidados básicos, como manter o equipamento longe da umidade e protegê-lo contra picos de energia, ajudam a aumentar sua durabilidade.